O gás boliviano terá um aumento a partir desta segunda-feira (1º) de 7,9% para a Petrobras, informou hoje o presidente da estatal boliviana YPFB, Guillermo Aruquipa. A estatal brasileira ainda não confirmou se o porcentual é exatamente este. O reajuste é realizado em comum acordo pelas duas empresas a cada três meses, considerando a variação do preço de uma cesta de óleos combustíveis composta de um óleo pesado (HSFO) e dois óleos leves (LSFO) com cotações no golfo americano e no sul e no norte da Europa.
Se confirmado o porcentual de 7,9% será o maior já repassado pela YPFB em períodos trimestrais. Segundo a imprensa boliviana, além do reajuste para o Brasil, a YPFB também teria repassado um novo valor par ao preço do gás exportado para a Argentina. Segundo Aruquipa, a Argentina pagará a partir de hoje US$ 6 por milhão de BTUs (Unidades Térmicas Britânicas, na sigla em inglês), ante US$ 5,08 no trimestre anterior. O Brasil, por meio do contrato da Petrobras, pagará US$ 4,50 por milhão de BTUs, ante US$ 4,17.
De acordo com Aruquipa, o reajuste se deve ao aumento no preço do barril de petróleo acima da casa dos US$ 80 nas últimas semanas. O presidente da YPFB disse que o país tem "dificuldade para atender a demanda local e estrangeira" e que esse cenário deve permanecer até o final de 2008.
A Bolívia produz hoje 40 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, e deverá elevar essa capacidade para 45,9 milhões em 2009. O Brasil consome cerca de 25 milhões de metros cúbicos diários, de um total de 30 milhões contratados.
