O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, afirmou nesta segunda-feira, 27, que os leilões de títulos foram normais em outubro, com exceção do dia 16. Naquela data, segundo ele, o cenário internacional mostrava grande volatilidade nas taxas americanas e o leilão de LTN foi “bem menor que o tradicional”. “Em outubro teve uma semana específica que os leilões do Tesouro foi pequena. Houve volatilidade no mercado internacional e o Tesouro, na sua estratégia, fez leilão menor”, disse.
No dia seguinte ao leilão, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informou que o estresse nos mercados financeiros pelo mundo, inclusive no Brasil, obrigou o Tesouro a colocar um pé no freio na venda de títulos. Para evitar ter de pagar taxas mais salgadas aos investidores, além de adicionar mais instabilidade ao mercado, o Tesouro reduziu para 10% o volume de papéis que costuma tradicionalmente vender em seu leilão semanal de títulos. A oferta caiu de 9 milhões de papéis prefixados (cuja taxa de juros é definida na hora da venda e têm maior risco para o comprador) no leilão do dia 2 de outubro para apenas 900 mil papéis no dia 16.
Hoje Garrido não quis responder se esta eleição trouxe mais volatilidade que outras. Ele afirmou não se lembrar do cenário há quatro anos, na eleição anterior. “Não sou a pessoa mais adequada para dizer qual o evento mais importante, volatilidade americana ou eleição”, disse.
Sobre a Dívida Pública Federal externa (DPFe), que encerrou setembro em R$ 104,58 bilhões, Garrido afirmou que mais uma vez ficou no maior nível da série. “Mas o porcentual ainda é baixo frente a outros países”, disse.