Os consumidores nunca precisaram se preocupar com o destino dos galões de dez e vinte litros que adquirem através do disque-água. Porém, a partir do próximo dia primeiro de setembro, terão que ficar atentos.
Começa a valer uma nova lei que determina que os galões terão que ter prazo de validade máximo de três anos. Com isto, as embalagens vencidas deixarão de ser aceitas pelos disque-água, pois não poderão mais ser reenvasadas pelas empresas de água.
A nova regra foi determinada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O objetivo da medida seria garantir maior higiene e conservação do líquido dentro dos galões.
Porém, muita gente já começa a se preocupar com o que fazer com as embalagens vencidas e com um possível aumento do preço da água em galões em função da nova lei.
“A nova regra tem um lado bom, que é o de regular o mercado. Entretanto, também traz alguns entraves. A partir do dia primeiro de setembro, em um curto período de tempo, muitos galões vão ser descartados. Nós repassamos nossos galões para uma empresa de reciclagem. Porém, as chances de as embalagens irem parar no lixo comum são grandes. Muitos consumidores e empresas de disque-água não saberão o que fazer com as embalagens que não poderão ser reutilizadas”, diz a sócia-diretora da Água Mineral Timbu, Maria Alice Silveira Carneiro.
Em relação a preços, a sócia-diretora acredita que a nova lei vá gerar algum aumento ao consumidor. Isto porque a produção e comercialização de galões novos vai ser maior.
Hoje, na capital, um galão de vinte litros de água custa, em média, entre R$ 5,00 e R$ 7,00. “Ainda não sabemos quanto o preço do produto vai aumentar, mas é bem provável que o reajuste aconteça.”
Muitas empresas de água já começam a se preparar para atender às novas regras. A empresa de Maria Alice, por exemplo, está colocando marcas em alto relevo em seus galões, lançando-os em cor diferenciada e iniciando a impressão da validade no corpo do galão.
A troca dos galões, daqui três anos, também deve ser garantida aos distribuidores. “Um galão pode durar mais ou menos do que três anos, dependendo de seu manuseio na cadeia produtiva. Entretanto, teremos que nos adaptar às regras.”
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