O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, defendeu nesta tarde a extensão da cobrança da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) ao álcool combustível e ao gás natural veicular (GNV). "A abrangência da Cide está insuficiente pois o Brasil tem um mercado de combustíveis, no qual 51% deles não pagam Cide", afirmou. Hoje, apenas a gasolina e o óleo diesel pagam a contribuição. A afirmação de Gabrielli foi feita em resposta a uma pergunta do deputado Antonio Palocci (PT-SP), na Comissão de Minas e Energia, sobre o que ele achava de uma eventual fusão da Cide com o Imposto sobre Valor Agregado, em estudo na reforma tributária.
Gabrielli disse que na sua opinião a Cide é um imposto "tecnicamente adequado" e cumpre a função de regulador dos preços. Recentemente o governo reduziu a alíquota da Cide para neutralizar, no varejo, o efeito da alta da gasolina nas refinarias. Gabrielli fez questão de declarar que sua avaliação não significa que esteja fazendo essa defesa para a reforma tributária.
Sondas de perfuração
Nesta quarta-feira (4), a Petrobras confirmou a contratação no exterior das primeiras 12 sondas de perfuração de um pacote de 40 que foram encomendadas ao mercado. Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, Almir Barbassa, as 12 sondas serão construídas por empresas brasileiras e estrangeiras em estaleiros internacionais. Segundo Barbassa, o valor total do contrato será de US$ 8 bilhões. O diretor minimizou o fato de alguns destes equipamentos terem ficado acima dos US$ 600 milhões previstos pela Petrobras, como é o caso das sondas encomendadas junto às empresas Sevan e Scorpion, que custaram em média US$ 1 bilhão cada. Segundo ele, o mais importante foi uma "substancial redução no valor da diária de aluguel do equipamento".