Gabas reafirma proposta de R$ 540 para o salário mínimo

O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, reafirmou hoje que a proposta do governo Lula para o valor do salário mínimo em 2011 é de R$ 540 e admitiu que o impacto de um reajuste acima desse valor preocupa a Presidência da República e o governo como um todo. “Essas contas precisam ser feitas”, disse, ressaltando que 18 milhões de benefícios pagos pela Previdência acompanham o valor do mínimo, o que corresponde a mais de dois terços do total.

Na avaliação dele, o acordo fechado em 2006 pelas centrais sindicais e o governo para reajustar o salário mínimo pela inflação do ano anterior e a variação do PIB de dois anos antes afeta a Previdência, mas não há discordância em relação ao critério. “Não está em pauta alterar esse critério. Se abrirmos negociação todos os anos, não haverá critério. Estamos discutindo uma exceção”, afirmou. Gabas defendeu o governo das acusações de que vai deixar um problema no Orçamento para a presidente eleita, Dilma Rousseff. “Vamos fazer só o que cabe no Orçamento. Lula não vai deixar nenhuma encrenca para o próximo governo”, disse.

Sobre a declaração do senador Gim Argello (PTB-DF), relator geral do Orçamento, de que haveria espaço para um reajuste do mínimo entre R$ 560 e R$ 570, o ministro disse ter telefonado ao senador para discutir o assunto. “Falei que antes de falar sobre valores, teríamos de negociar com as centrais”, afirmou Gabas. O ministro disse que sua afirmação não significa que o Congresso Nacional está fora da negociação, mas sim que há um acordo tácito para que o Congresso siga aquilo que for acordado entre o governo e as centrais.

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