Os líderes do G-8 têm como prioridade a promoção do crescimento e do emprego e esperam que os bancos centrais continuem sustentando a recuperação econômica, segundo comunicado, divulgado nesta terça-feira, da reunião de cúpula de dois dias realizada na Irlanda do Norte.
No documento, as autoridades dos oito países que formam o grupo – EUA, Reino Unido, Japão, Alemanha, Canadá, França, Itália e Rússia – disseram que “concordaram em estimular a recuperação global dando apoio à demanda, resguardando as finanças públicas e explorando todas as fontes de crescimento.”
Embora tenham concluído que a perspectiva de crescimento global continua fraca, os líderes disseram que os riscos de baixa diminuíram, “graças em parte a significativas ações de política adotadas nos EUA, zona do euro e Japão, e à maior resistência de grandes economias em desenvolvimento e emergentes”.
As autoridades também citaram os “ganhos pronunciados” dos mercados financeiros, mas lamentaram que “esse otimismo ainda precise se traduzir totalmente em melhorias mais amplas na atividade econômica e emprego”. “Na verdade, a perspectiva de crescimento em algumas regiões se enfraqueceu desde a cúpula de Camp David”, diz o comunicado.
Sobre a zona do euro, o G-8 afirma que diminuíram os risco de baixa na região ao longo do último ano, embora a recessão local continue.
Em relação ao Japão, o comunicado diz que o crescimento do país vai ser “sustentado pelos estímulos fiscais de curto prazo, pela ousada política monetária e pela estratégica recém-anunciada para promover o investimento privado”. Para o G-8, no entanto, o Japão tem o desafio de definir um plano fiscal confiável para o médio prazo.
Os líderes também abordaram questões de política monetária, dizendo que “alguns de nossos bancos centrais continuaram a utilizar uma política monetária altamente acomodatícia para sustentar suas economias domésticas, inclusive por meios não convencionais, como o relaxamento quantitativo”.
“A política monetária deve continuar sustentando a recuperação e ser direcionada para a estabilidade dos preços domésticos, segundo os respectivos mandatos dos bancos centrais”, defende o comunicado. Fonte: Market News International.