O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse nesta segunda-feira (6) que o G-7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) deve ser expandido e incluir os principais países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil. Zoellick afirmou que a atual estrutura de liderança mundial não está devidamente equipada para lidar com a crise global.

continua após a publicidade

Zoellick argumentou que o G-7 deveria ter seu tamanho duplicado para incluir países como China, Rússia, Arábia Saudita, Brasil, Índia, México e África do Sul. Junto com os países do G-7 – Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão – o novo grupo responderia por mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, por 62% de toda a energia produzida, bem como os maiores emissores de gases do efeito estufa.

“O G-7 não está funcionando. Nós precisamos de um grupo melhor para um tempo diferente”, disse ele, acrescentando que o G-20 é muito amplo. Mas, acrescentou, em vez de apenas um G-14, o novo “grupo condutor” deveria ter uma constituição mais flexível e ter coordenação mais ativa com instituições públicas e privadas, afirmou.

“Nossa globalização precisa ser a que tanto as oportunidades e responsabilidades sejam mais amplamente partilhadas”, disse ele. “Sem isso, nós podemos desenhar uma nova arquitetura, mas será um ‘castelo de cartas’.

continua após a publicidade

Expressando uma ampla visão de “novo multilateralismo”, Zoellick pressionou por maior cooperação em várias áreas, de assuntos financeiros e econômicos a energia e comércio.

“Nosso Novo Multilateralismo deve ser construído no sentido de dividir responsabilidades para a saúde da política econômica global”, disse ele em suas observações para o discurso no Peterson Institute for International Economics. “Isso significa – sobretudo e decisivamente – que deve envolver aqueles com maior participação na economia, aqueles que desejam partilhar as responsabilidades bem como os benefícios de mantê-la”.

continua após a publicidade