O grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo está “comprometido” em evitar o protecionismo diante da severa crise econômica global, deverá dizer o comunicado que o G-7 divulgará após o encerramento do encontro dos Ministros e presidentes de bancos centrais do grupo, neste sábado (14) em Roma. Os sete países membros do G-7 são os Estados Unidos, a Alemanha, o Reino Unido, o Japão, a França e Itália e o Canadá. O encontro foi iniciado ontem, durante um jantar.
“O G-7 permanece comprometido em evitar medidas protecionistas, para que não haja a criação de novas barreiras” ao comércio mundial, segundo trechos do comunicado divulgados por uma delegação presente ao encontro. O comunicado também deverá apontar a estabilização da economia mundial e dos mercados como a “maior prioridade” do grupo. “A estabilização da economia global e dos mercados financeiros continua sendo nossa maior prioridade”, diz uma versão preliminar do comunicado.
O encontro marca a estreia do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, no cenário internacional. Ele deverá vender a ideia aos Ministros das Finanças dos outros seis países de que o programa do presidente norte-americano, Barack Obama, de expressivos gastos e cortes de impostos, ajudará a fazer frente à pior crise econômica global em sete décadas.
Na sexta-feira (13), o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Khan, disse ter ficado evidente no jantar de abertura dos trabalhos do G-7 que as autoridades estavam “muito preocupadas” com a situação econômica mundial. Strauss-Khan afirmou que o mundo está em uma “recessão séria” e que há poucos sinais de que 2009 será melhor.
Uma outra versão preliminar obtida ontem indicou que o comunicado destacará os esforços feitos pela China para permitir que as cotações de sua moeda oscilem com maior flexibilidade. “Consideramos bem-vinda e apreciamos a pronta resposta macroeconômica de outros países pelo mundo. Em particular, apreciamos as medidas fiscais da China e seu contínuo compromisso em tornar sua taxa de câmbio mais flexível, o que deverá levar a uma contínua apreciação do yuan, em termos efetivos, e ajudar a promover um crescimento mais equilibrado da China e das economias mundiais”, diz a versão preliminar do comunicado. As informações são da Dow Jones.