Os países emergentes e em desenvolvimento que formam o chamado G-24 pediram hoje uma coordenação global das políticas macroeconômicas para diminuir as crescentes tensões cambiais. O grupo, que inclui Brasil e Índia, emitiu um comunicado no qual censurou as economias avançadas por perseguirem políticas monetárias de taxas de juros muito baixas que provocaram valorização das moedas de outros países.

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“As atuais políticas dos países desenvolvidos está levando a fluxos de capital muito significativos para alguns dos países emergentes. Isso está gerando pressão altista sobre as taxas de câmbio”, afirmou o ministro de Finanças da África do Sul, Pravin Gordhan, que preside o G-24. Além disso, Gordhan disse que o aperto de cintos simultâneo das nações avançadas para reduzirem os níveis de dívida “impõe um risco enorme” para a economia global.

Segundo Gordhan, o G-20 e o Fundo Monetário Internacional (FMI) têm a responsabilidade de manter o senso de cooperação observado nos primeiros dias da recente crise financeira global. O ministro sul-africano pediu um processo no próximo mês para que seja alcançado um consenso sobre políticas macroeconômicas para evitar o ressurgimento de desequilíbrios globais.

O G-24 também destacou a necessidade de reforma do FMI para dar mais voz aos países de menor renda, expressando preocupação com a possibilidade de a pressão por um realinhamento de poder na instituição ocorrer à custa de outras nações emergentes e em desenvolvimento.

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Gordhan rejeitou a sugestão do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, e do diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, de que as reformas do FMI devam ser relacionadas à apreciação do câmbio da China. Para Gordhan, não há ligação entre as duas coisas. As informações são da Dow Jones.