Os países do G-20 se aproximam de um acordo para monitorar os desequilíbrios globais. Apesar das divergências entre europeus e americanos, está sendo negociada uma versão mais diluída da proposta dos EUA. As negociações continuaram até a noite de ontem, durante o jantar dos chefes de Estado, em Pittsburgh (EUA).
Com um déficit comercial alto, os americanos querem mecanismos que inibam economias como China e Alemanha de obter superávits tão gigantescos. Alemães e chineses resistem. A chanceler alemã, Angela Merkel, freou a discussão, alegando que essa não é a prioridade da cúpula. “Não se deve buscar temas alternativos que distraiam do ponto central, que é a estabilização dos mercados financeiros”, alegou.
Merkel ressaltou que não há problema em se falar dos desequilíbrios, mas não se deve desviar do foco. “Existe o perigo de que se desacelere o ímpeto das reformas. Isso é algo que não deve ocorrer”, disse. Mesmo assim, os países se encaminham para ter no comunicado final do encontro o mecanismo de resolução de desequilíbrios sugerido pelos EUA, mas diluído. Os americanos queriam que o FMI funcionasse como uma espécie de juiz, monitorando os avanços dos países.
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