Furlan: País está ficando para trás e destruindo feitos

O membro do Conselho de Administração da BRF e ex-ministro Luiz Fernando Furlan afirmou nesta quarta-feira, 5, que o Brasil está ficando para trás e é preciso se preocupar com a gestão e estabelecer prioridades. “Estamos no País do diagnóstico. Muita gente acha que a solução é fazer diagnóstico. Nosso País está ficando para trás e destruindo coisas que foram feitas, de ajudar a expandir as empresas brasileiras”, disse.

Em seu comentário no debate que ocorre no Encontro Nacional da Indústria (Enai), promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Furlan disse que já esteve desanimado, mas não está mais. “Nossa empresa está investindo muito no mercado internacional e agregando valor ao produto brasileiro”, afirmou. “Já estive desanimado, mas não estou mais”.

Furlan afirmou também que o governo não estuda taxa de retorno como faz o setor privado. “A taxa de retorno é a taxa de retorno política”, disse. Furlan foi aplaudido por uma plateia grande de empresários ao dizer que o governo faz contingenciamento horizontal. Segundo ele, quando é necessário fazer um contingenciamento e escolher entre um hospital em um Estado, uma estrada em outro e uma escola em outra região, o governo tira um pouco de verba de cada projeto. “O contingenciamento é horizontal, ficando com um pedaço de estrada, um pedaço de hospital, etc. Todo mundo reclama no mesmo tom, porque ninguém foi prejudicado”, disse.

‘Setor público premia a incompetência’

Em uma discussão sobre as dificuldades do setor público, Furlan afirmou que o setor público premia a incompetência. Para explicar a afirmação, lembrou de quando foi o chefe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no início do governo de Lula. “Acho que fui o único que conseguiu executar meu orçamento com as restrições. No ano seguinte, meu orçamento encolheu, e nos seguintes, também. Quem foi incompetente e pediu mais orçamento recebeu mais orçamento”, explicou.

No debate, sobre ações do setor privado que o setor público poderia adotar, Furlan disse que tem muita gente boa no setor público.

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