O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem que uma parcela do mercado já discute a hipótese de um crescimento da economia brasileira superior a 5% para este ano. “Tem analistas que dizem que o Brasil vai crescer mais do que 5%, eu pessoalmente acho que isso é possível, vai depender do desempenho nos próximos quatro meses”, disse.
O ministro não quis comentar a possibilidade de um aumento dos juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Um aumento da taxa é praticamente consenso no mercado. Caso a expectativa se confirme, o País estará diante do primeiro aumento dos juros desde fevereiro do ano passado.
“Esta área não é a minha, a nossa orientação é fazer com que haja um aumento da oferta de produtos para que não se tenha efeito inflacionário com o aumento da demanda dos últimos meses”, afirmou o ministro após a posse do novo presidente do Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).
Segundo Furlan, o objetivo é “não ceder um milímetro” no espaço conquistado no mercado internacional nos últimos dois anos. “Estamos caminhando para os US$ 90 bilhões, o que representa um aumento de 50% nas exportações em dois anos”, afirmou.
Para o ministro, a retomada do consumo interno é consistente. A receita de estabilidade macroeconômica e austeridade fiscal estariam criando as bases necessárias para a recuperação do consumo.