Rio (AE) – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, envitou a impressa, ontem, no Rio, durante um evento sobre desburocratização. O ministro, que pela manhã havia participado de reunião fechada na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entrou por uma passagem no fundo do palco do auditório da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e deixou o evento pelo mesmo local.

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Furlan chegou em cima da hora ao evento, que começou por volta das 15h, e usou a passagem interna, diferente dos outros convidados, que chegaram ao auditório pela entrada principal. Neste fim de semana, circulou notícia de que um assessor especial, Renello Parrini, lotado no gabinete do ministério, estaria ligado a um banco sediado no Caribe, que manteria operações supostamente irregulares com o Banco Santos. Na última sexta-feira, o funcionário negou que tenha negócios ilegais, mas pediu exoneração, alegando que estaria evitando desgaste ao ministério.

Desburocratização

Durante a curta apresentação, de cerca de 20 minutos, o ministro não fez qualquer referência à exoneração e à notícia veiculada pela Folha de S. Paulo no último sábado. O evento aconteceu na sede da Firjan, no Centro do Rio. Depois da apresentação de outros participantes, o ministro criticou a burocracia no País.

?Acho que ficou claro para todos que burocracia custa. E também deve ter ficado claro (no evento) que a burocracia envolve desperdício, retrabalho, ineficiência, corrupção. Isso tudo, no final das contas, representa uma parcela importante da renda nacional que vai pelo ralo?, comentou.

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Ele pregou a simplificação e a transparência, e chegou a defender uma espécie de registro nacional para empresas. ?Se nós temos um regime de placa de automóvel nacional será que não dá para ter um regime de ?placa de empresa também nacional?, um registro único? Provavelmente, sim?, disse o ministro.

O ministro comentou também que o maior gargalo de tempo para abrir empresas está na esfera das prefeituras. Furlan afirmou que o processo é mais rápido em Salvador e que em São Paulo leva-se ?mais de100 dias? para completar o processo de registro de uma nova empresa. De forma geral, comentou que há progressos para a desburocratização no País, mas ainda insuficientes, citando ações federais de simplificação.

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