A explosão na madrugada desta segunda-feira, 20, na Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, pode ser consequência da redução no quadro de funcionários da Petrobras e nos investimentos em manutenção, avaliou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Simão Zanardi.
“A Petrobras fez um programa de demissão voluntária e não houve reposição do quadro de funcionários. Uma das linhas de investigação nossa para a explosão é a falta de efetivo, e outro problema é a falta de manutenção. Nessa passagem de gestão do Pedro Parente e agora do Ivan Monteiro (na presidência da Petrobras), as manutenções estão sendo adiadas para economia de dinheiro. Isso torna as unidades vulneráveis a registrar vazamentos e quebra de equipamentos”, contou Simão.
A Petrobras informou em comunicado que não houve feridos no incêndio e que o fogo já foi debelado. A produção foi preventivamente paralisada. A Replan responde por 20% da produção da Petrobrás.
O coordenador da FUP acredita que a paralisação terá consequências sobre o desempenho da produção. “Acho que vai ter (prejuízo na produção) porque o incêndio foi na unidade de destilação”, lembrou Simão. “Mas o prejuízo é só material”, completou.