A reversão da fuga de investidores dos fundos de investimento financeiro (FIFs) foi conseqüência, principalmente, da diminuição da volatilidade e maior rentabilidade apresentada pelos fundos DI e de renda fixa em julho e agosto. Enquanto em setembro os DI renderam 1,16% líquido, em média, a caderneta proporcionou rendimento de 0, 70%.
O principal fator que levou à maior estabilidade dos fundos, segundo Eduardo Rezende, diretor de Investimentos do Mellon Globo Investment, não foi a nova alteração das regras dos fundos no fim de agosto, mas a iniciativa do Banco Central ao trocar as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) – títulos que lastreiam os fundos – de longo prazo por outras com vencimento mais curto, que apresentam menor volatilidade.
Esses títulos vinham perdendo valor desde o começo do ano e em maio, quando os gestores tiveram de repassar o prejuízo às cotas, houve perdas de até 5% nos fundos. Para Rezende, com maior estabilidade e ganho maior, os investidores que fugiram dos DIs para a poupança estão reavaliando a mudança e fazendo caminho de volta.
De acordo com o analista de fundos da agência de risco Moody?s, Norton Bastos, o investimento tem um lado emocional. Como os fundos se apresentam novamente como alternativa de baixo risco e estável, os aplicadores tendem a retornar, deixando de lado o susto das perdas de maio e junho.
