Os fundos de pensão, principalmente de funcionários de empresas estatais federais, deverão ficar com mais de 10% de participação na Sociedade de Propósito Específico (SPE), que será formada pelo consórcio Norte Energia, vencedor do leilão da usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A informação é de uma fonte que acompanha de perto a negociação para a formação da empresa que vai construir e administrar a usina. Entre esses fundos, segundo a fonte, estão a Previ (do Banco do Brasil), Petrus (da Petrobras) e Funcef (da Caixa Econômica Federal).
O consórcio tem como principal acionista a estatal Chesf, com 49,98% de participação. Mas, na composição societária do consórcio, 40% das cotas estão nas mãos de construtoras. Entre elas, a Queiroz Galvão e a Mendes Júnior. Pelas regras do edital, na SPE as construtoras só poderão ter 20% de participação. Assim, é necessário que entrem os chamados sócios estratégicos no grupo – investidores que não disputaram o leilão, mas que podem se associar ao consórcio na formação da SPE.
O governo já tinha anunciando que os fundos de pensão deveriam entrar na sociedade. Além deles, o consórcio também está negociando com grandes empresas para que elas entrem na condição de auto-produtores, que além de sócios consumirão até 10% de energia da hidrelétrica. “Todo nosso foco agora está na consolidação da SPE”, disse a fonte. Ela afirmou que a participação das construtoras deverá ser diluída para menos do que o limite máximo de 20%. Isso porque o principal interesse das construtoras não seria integrar a sociedade, mas sim participar da construção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.