Os fundos de investimento tiveram captação líquida de R$ 57,6 bilhões até abril, período em que o setor ultrapassou a marca de 14 milhões de contas. O volume, conforme dados publicados nesta terça-feira, 7, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), é mais de 62% superior à média verificada entre os meses de janeiro e abril dos últimos quatro anos, de R$ 35,4 bilhões.
O crescimento foi puxado, conforme a entidade, pelos fundos multimercados, que investem em ações, juros e câmbio, com uma captação de R$ 40,2 bilhões no acumulado do ano até abril, respondendo por 70% do total da indústria. Ante o mesmo intervalo de 2017, a alta foi de 24,6%. Em seguida, vêm os fundos de ações e de previdência, com R$ 9,9 bilhões e R$ 6,6 bilhões, respectivamente.
Na outra ponta, os fundos de renda fixa totalizaram resgates de R$ 4,6 bilhões nos primeiros quatro meses de 2018, impactados pela queda dos juros no País. Tanto é que no ano passado, essa categoria de produtos havia levantado R$ 49,9 bilhões entre janeiro e abril.
Melhores retornos
No quesito rentabilidade, o destaque do primeiro quadrimestre foram os fundos de ações. De acordo com a Anbima, em linha com o Ibovespa, que rendeu 11,3%, o tipo Indexados (aqueles com o objetivo de replicar as variações de indicadores de referência do mercado) acumulou retorno de 11,69% e o Ações Índice Ativo (cuja gestão tem o objetivo de superar o respectivo benchmark) atingiu 11,15%.
Já entre os multimercados, o tipo Long and Short Direcional, que faz operações de ativos e derivativos ligados à renda variável, montando posições compradas e vendidas, acumulou rentabilidade de 7,09% de janeiro a abril.
Na renda fixa, os maiores retornos, conforme a Anbima, vieram dos fundos com vencimentos mais longos, como o tipo Duração Alta Soberano (que investe somente em títulos públicos federais do Brasil com prazos maiores), que chegou a 3,69%.