Rio – Os fundos de pensão registraram superávit atuarial de R$ 30,4 bilhões no ano passado, segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp). Esse superávit, semelhante ao ?lucro? na comparação com empresas, resultou de uma receita de R$ 56,9 bilhões dos seus investimentos, para uma necessidade atuarial (despesas) de R$ 26,5 bilhões.

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Esse resultado é quase o dobro do lucro somado dos quatro maiores bancos de varejo do País, incluindo Banco do Brasil (R$ 6,043 bilhões), Bradesco (R$ 5,054 bilhões), Itaú (4,308 bilhões) e Unibanco (R$ 1,750 bilhão).

Segundo a Abrapp, o patrimônio consolidado do setor atingiu R$ 375 bilhões no final do ano passado, ou o equivalente a 18% do Produto Interno Bruto (PIB), abrigando 2,5 milhões de associados. A rentabilidade consolidada dos ativos dos fundos ficou em 23,6%, percentual duas vezes e meia superior à meta atuarial dessas instituições, assinala a entidade. Ainda segundo a Abrapp, os fundos conseguiram em renda variável (ações) rentabilidade superior (41,4%) ao índice Ibovespa (variação de 33,7%).

O presidente da Abrapp, Fernando Pimentel, avalia que os resultados de 2006 refletem um setor com plena saúde financeira e prevê expansão acelerada do setor para os próximos anos. Algumas projeções indicam que o setor acumulará patrimônio no valor de R$ 565 bilhões até 2010.

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Segundo Pimentel, os fundos de pensão brasileiros pagam aposentadorias e pensões para 620 mil pessoas atualmente, em valores cinco vezes superiores à média da remuneração dos aposentados pela previdência oficial (INSS).

Boa parte desses pagamentos vem da remuneração dos investimentos realizados pelos fundos no passado, já que muitas dessas fundações de seguridade já estão ?maduras?, ou seja, o número de beneficiários já supera o número de contribuintes. As aposentadorias e pensões pagas pelos fundos de pensão são estimadas pela Abrapp em torno de R$ 1,3 bilhão mensais.

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