O membro do comitê executivo da Autoridade de Investimento do Qatar (QIA) Hussain Al Abdulla afirmou que o fundo soberano tem cerca de US$ 30 bilhões para gastar na compra de ativos em todo o mundo neste ano, mesmo com a economia global fragilizada.
O Catar está usando seu enorme fundo derivado das exportações de petróleo e gás para comprar ativos em todo o mundo, incluindo Harrods, em Londres, e o antigo prédio da embaixada dos Estados Unidos na capital londrina.
O fundo soberano tem “muito dinheiro” à disposição citou Al Abdulla, em conferência das Nações Unidas, em Doha, acrescentando que os recursos do fundo soberano são muito superiores a US$ 100 bilhões. “Temos muito dinheiro para ser investido em diferentes países”, disse, em um dos raros comentários em público.
No sábado, houve informações de que o fundo soberano aumentou sua parcela na empresa francesa de energia Total para 3%. O mês passado havia divulgado que possuía mais de 1% no grupo francês LVMH Louis Vuitton Moet Hennessy. Em março, também elevou a parcela no grupo francês de mídia Lagardere para pouco menos de 13%.
Al Abdulla afirma que o fundo não favorece certos países ou ativos e insiste que a estratégia desde a crise financeira tem sido puramente “oportunista”, pois as condições econômicas ainda são incertas. “Nossa estratégia se resume a duas palavras: sem estratégia”, disse. “Não podemos ver: há névoa. Nós não sabemos o que irá acontecer na Europa, o que acontecerá depois das eleições nos Estados Unidos. Nós ainda não estamos fora da crise financeira”, advertiu.
“Estou disposto a comprar qualquer coisa no preço certo”, citou Al Abdulla, embora tenha avaliado que as condições de investimento em continentes como a África estão fracas. As informações são da Dow Jones.