O fundo de investimentos Prosperitas desembolsou R$ 2,2 bilhões para comprar parte do portfólio da Bracor, empresa especializada em imóveis comerciais e industriais, que tem entre seus principais acionistas o megainvestidor americano Sam Zell. O valor é recorde e faz do negócio a maior transação imobiliária já realizada no País.
A Bracor se desfez de 30 dos 42 ativos que mantinha em carteira. Os empreendimentos – a maioria galpões e centros logísticos – têm como inquilinos companhias como AmBev, Petrobras e Ponto Frio. O contrato médio de locação é de dez anos e a receita desses imóveis chega a R$ 230 milhões por ano. O valor desembolsado pela Prosperitas diz respeito apenas aos ativos adquiridos e não inclui dívidas.
“Em cinco anos, não tivemos qualquer tipo de monetização”, diz o presidente da Bracor, Carlos Betancourt, para justificar que esse não é o fim da empresa criada por ele e Sam Zell em 2005. “É um processo natural de realização de resultado.” As negociações começaram em novembro, depois de uma experiência frustrada da Bracor com a criação de um fundo imobiliário, que pretendia levantar R$ 262 milhões. A intenção já era a de se desfazer de parte dos ativos nessa operação mas, segundo fontes de mercado, não houve interesse dos investidores.
Os planos de venda da Bracor encontraram o caixa parrudo da Prosperitas, que havia acabado de captar R$ 600 milhões com investidores. “O negócio foi feito praticamente à vista”, disse Luciano Lewandowski, um dos sócios controladores do fundo. Sem dar detalhes da compra, ele disse que a transação foi feita com recursos próprios, do Bradesco e de investidores internacionais. Entre os clientes da Prosperitas estão nomes de peso, como o Estado de Washington e a Universidade Harvard. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.