Apesar da crise política provocada pelas denúncias de corrupção nos Correios e no Congresso, os fundamentos fiscais e das contas externas do Brasil continuam sólidos, segundo avaliação da agência de classificação de risco Standard & Poor?s Ratings Services divulgada ontem. ?O atual contexto político torna mais difícil a aprovação de peças legislativas ou reformas controversas, mas os ratings já incorporavam nossas expectativas de que haveria avanços limitados em decorrência do ciclo eleitoral brasileiro?, informa a S&P.
A S&P classifica como ?BB-? a dívida em moeda estrangeira do Brasil e ?BB? os débitos em moeda local. A perspectiva para o país é estável.
Segundo a agência, os ratings (notas de risco) consideram que ?o compromisso com uma política macroeconômica prudente será mantido, tanto por parte do atual governo quanto dos próximos, bem como políticas que respondam de forma apropriada e adequada a choques internos ou externos?.
?Se houvesse uma falha em tal comprometimento político, os ratings e/ou a perspectiva poderiam ser afetados?, informa.
Para a agência, o processo de investigação das denúncias de corrupção vem ocorrendo dentro do contexto brasileiro de uma democracia forte, o que enfatiza o vigor da estrutura institucional do Brasil.
Além disso, a S&P acrescenta que o desempenho econômico brasileiro, do ponto de vista fiscal e externo, tem se fortalecido nos últimos três anos.
?Fundamentos mais sólidos capacitam melhor o Brasil para suportar choques adversos e condições menos favoráveis de liquidez no mercado global.?