Com a queda dos juros, os fundos de pensão deverão voltar a tomar mais risco, mas se depararão com uma maior volatilidade, característica desses tipos de investimento, destacou o presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), José Ribeiro Pena Neto.

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Até o final do primeiro semestre deste ano, 72% dos ativos dos fundos de pensão estavam alocados em renda fixa. No fim do ano passado essa fatia era de 70,7% e de 64,2% em dezembro de 2014. No fim de junho os ativos das entidades fechadas de previdência complementar somavam R$ 763 bilhões, representando 12,8% do PIB, segundo a associação.

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“Os juros cresceram e os fundos fugiram desses riscos. Neste ano já começa a ter um cenário de queda de juros e os fundos precisarão tomar mais risco. O título público já está pagando juros inferiores à meta atuarial média”, afirmou em entrevista à imprensa durante o 37º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão.

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Os fundos estruturados, que foram foco da operação Greenfield deflagrada semana passada, deverão ter o cuidado redobrado por parte das fundações, disse o executivo. “Em um cenário de crescimento da economia e queda de juros, não tem como fugir desse tipo de investimento na economia real”, afirma.

Os aportes em investimentos estruturados chegaram ao final do primeiro semestre em 2,7%, ante 2,9% e 3,3% em dezembro de 2015 e de 2014, respectivamente.