Rio de Janeiro – A inflação medida pelo Índice Geral de Preços ?10 (IGP-10) ficou em 0,22% no mês de julho, superando 0,15% registrados no mês anterior. O resultado, divulgado nesta quarta-feira (18) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), reflete a variação dos preços nos últimos 30 dias encerrados em 10 de julho e antecipa o possível comportamento da inflação no decorrer do mês.
De acordo com o levantamento da FGV, os preços no atacado, que tinham tido deflação de 0,10% em junho, agora apresentaram variação positiva de 0,10%. A inversão, de redução para avanço de preços, ocorreu tanto nas Matérias-Primas (deflação de 1,12% para inflação de 0,42%) como nos Bens Finais (deflação de 0,25% para inflação de 0,14%), duas dos três segmentos considerados no atacado. Os maiores impactos vieram de altas nos preços de alimentos processados e de matérias-brutas agropecuárias, como bovinos, aves, e soja.
No caso dos bens intermediários, ocorreu o contrário: a taxa de inflação recuou dos 0,54% registrados em junho para uma deflação de 0,09% na apuração atual. O item que mais contribuiu para desacelerar a taxa foi o de combustíveis e lubrificantes, cuja variação dos preços passou de 1,72% para 0,08%.
Os preços ao consumidor também contribuíram para a alta do IGP-10 em julho, pois aumentaram mais do que no levantamento anterior (de 0,28% para 0,40%). A inflação foi maior em quatro dos sete grupos considerados: Alimentação, Educação, Leitura e Recreação, Vestuário e Despesas diversas.
Os maiores destaques foram os avanços nos preços de frutas, passagens aéreas, roupas e cigarros. Em sentido contrário subiram com menor intensidade os preços ligados à habitação, Saúde e Cuidados Pessoais e Transportes.
Os preços da construção civil, terceira categoria considerada para formar o IGP-10, foram os únicos em que houve recuo na taxa média de inflação (de 1,51% para 0,56%). A maior contribuição partiu dos custos com mão-de-obra que caíram 1,8 pontos percentuais de junho para julho.