O ex-diretor de seguridade de Previ, Henrique Pizzolato, disse hoje que os funcionários do Banco do Brasil, por meio dos sindicatos, devem recorrer da decisão do governo de intervir no fundo de pensão. Eles pretendem questionar a legalidade da intervenção, o papel do Estado na Previ e a atuação política feita pelo governo.
Segundo ele, a Lei Complementar 108 estabelece que a intervenção só deve ocorrer para defender o interesse dos associados, o que, segundo Pizzolato, não está ocorrendo agora.
?O governo tenta controlar o fundo de pensão, que é uma entidade privada. Na época em que vazavam as maiores falcatruas, nunca se falou em intervenção. É preciso tirar a máscara deste governo?, disse Pizzolato.
Ele lembrou que em dezembro de 2000 a entidade também sofreu uma intervenção branda, com a indicação de um diretor fiscal para acompanhar as discussões em torno do uso do superávit da Previ para abater uma parte da dívida do Banco do Brasil com o fundo.
Hoje, apenas três conselheiros estão com mandato na Previ, o presidente Luz Tarquínio e os diretores Sérgio Rosa e Erik Persson. O restante teve seu mandado encerrado na sexta-feira. O interventor da Previ continua na sede da instituição no Rio.