Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de todo o Paraná decidiram manter a greve. Em assembléia realizada na tarde desta quinta-feira (17), entre o sindicato patronal e o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos (Sintcom-PR), uma das propostas da empresa não agradou os funcionários.
O ponto mais problemático, de acordo com o diretor de finanças do Sintcom-PR, Sebastião Cruz, é a proposta de reajuste de 9%, com validade por dois anos. “Esse prazo nos deixa inseguros. O pessoal está muito cansado e precisamos da certeza de um aumento definitivo”, afirma Cruz.
Os trabalhadores reivindicam um aumento real de R$ 300, a reposição de perdas salariais que chegam a 41,03% e um Plano de Cargos, Carreiras e Salários que beneficie os funcionários. Os trabalhadores pedem, também, segurança armada e portas giratórias nas agências, além de defender um Correio Público contra a transformação em S/A e a redução da jornada de trabalho sem perdas salariais.
Além do reajuste de 9%, a ECT propôs acréscimo de R$ 100 ao piso salarial, que começaria a ser pago em janeiro de 2010. A empresa propõe também o aumento do vale-alimentação de R$ 20 para R$ 21 50 neste ano e para R$ 23 no próximo ano, além de um vale-alimentação extra em dezembro deste ano e de 2010.
Segundo o sindicato da categoria, ao menos quatro mil trabalhadores do setor de separação e entrega de correspondências aderiram à greve, o que significa 80% da categoria no Estado. Entretanto, o levantamento da empresa apresenta uma adesão de 40%.
Os correios suspenderam os serviços de entrega rápida na tarde de ontem, mas a greve não afetou o atendimento nas agências. De acordo com a assessoria de comunicação da empresa, os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disk-Coleta estão temporariamente suspensos. Já os envios por Sedex comum estão sendo aceitos, porém os clientes são informados que podem ocorrer atrasos.