Funcionários do HSBC paralisam atividades

Cerca de 1,4 mil funcionários do Banco HSBC cruzaram os braços ontem, em Curitiba, em protesto contra o número acentuado de demissões ocorridas na semana passada. A paralisação aconteceu no Centro de Processamento de Dados do Banco HSBC, localizado na avenida Presidente Kennedy, na Vila Guaíra, e durou o dia todo.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários da Grande Curitiba, Marisa Stédile, 110 pessoas daquele setor (processamento de dados) foram demitidas na semana passada. “É um número bastante alto”, aponta Marisa. Segundo ela, os funcionários tinham aproximadamente 20 anos de casa, e a alegação teria sido baixa produtividade.

Mas o sindicato tem outro entendimento. “Acreditamos que seja uma forma de cortar custos. Demitiram os que ganhavam mais, para contratarem outros por salários abaixo da categoria”, afirma. O piso atual é de R$ 702,00 para 30 horas semanais. Segundo ela, a maioria, no entanto, trabalha oito horas por dia – ou seja, faz duas horas extras. “Estão terceirizando. Contratando um pessoal por menos, o que fere a convenção coletiva.”

Além disso, acrescenta Marisa, há 71 pedidos de demissão – por excesso de pressão no ambiente de trabalho -e outras 20 demissões não homologadas pelo sindicato, pois os funcionários estariam doentes. “Se o banco fizer novas demissões, voltamos a paralisar”, avisa Marisa.

HSBC

O HSBC informou, por meio da assessoria de imprensa, que não há nenhum programa de demissões em curso no banco e que os desligamentos ocorridos no Centro de Processamento de Dados decorrem da rotatividade natural do quadro de funcionários, cuja taxa é de 10% ao ano.

Sobre a acusação do Sindicato dos Bancários, de que a intenção seria demitir os mais antigos para terceirizar o serviço por salários mais baixos, a assessoria do banco informou que não considera verdadeira a alegação. “Insistimos que os desligamentos fazem parte da rotatividade do banco”, frisou.

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