Os funcionários do Banco Central decidiram paralisar as atividades em todo País hoje. A categoria rejeita a proposta salarial apresentada pelo governo, de reajustes escalonados em novembro deste ano e dezembro de 2005.

“Na prática isto significa aumento somente em janeiro de 2006, o que a categoria não aceita.” A crítica é do presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Sérgio Belsito, após rodada de negociação ontem, em Brasília, com dirigentes do Sindicato e o Secretário Executivo Adjunto do Ministério da Fazenda, Arno Augustin.

Segundo Belsito, diante da intransigência do governo, só resta a greve como forma de pressionar. O sindicalista ressalta também a omissão do presidente Hen-rique Meirelles que vem sistematicamente ignorando a reivindicações dos servidores, comprometendo o trabalho da instituição.

A palisação de 24 horas atingirá todos os setores do banco nas nove regionais do País, incluindo a de Brasília onde estão concentrados cerca de 2,3 mil funcionários.

Paraná

No Paraná, a expectativa é de que o movimento tenha adesão de aproximadamente 70% da categoria, segundo avaliação do presidente regional do Sindicato dos Funcionários do BC, Luiz Carlos de Freitas. “Na assembléia, a votação pela paralisação foi quase unânime. Houve abstenções, mas nenhum voto contra”, afirmou. Segundo ele, setores como o de meio circulante, atendimento ao público, câmbio e secretaria de Tesouro Nacional podem parar. No Paraná, há cerca de 120 funcionários do BC na ativa e aproximadamente cem inativos. “O governo acena com aumento, mas só para o final de 2005 ou 2006, criticou. Segundo Freitas, o reajuste salarial médio pleiteado é de 20%.

continua após a publicidade

continua após a publicidade