Os 4.600 funcionários do Banco Central vão paralisar suas atividades por 24 horas em todo o País, hoje. O protesto é um alerta da categoria ao governo. Os funcionários do BC reivindicam a retomada imediata da negociação salarial, segundo o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central).

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Além de reposição salarial, os funcionários do BC pedem mais investimentos na instituição. David Falcão, presidente do Sinal, diz que o assalto milionário ao caixa-forte do BC de Fortaleza é a ?face mais visível? do desmonte que acontece na instituição. No assalto, ocorrido no primeiro final de semana do mês, foram levados do BC de Fortaleza mais de R$ 164,7 milhões.

O Sinal informa que não há recursos para investimentos no BC, já que o orçamento da instituição foi cortado em 50%.

Segundo o Sinal, haverá protestos hoje nas dez regionais do BC (Curitiba inclusive). O sindicato informou que a paralisação pode causar prejuízo ao funcionamento do sistema financeiro, já que são os funcionários do BC que respondem pelo controle das reservas internacionais, distribuição de dinheiro aos bancos, atendimento ao público e registro e acompanhamento das operações de mercado aberto e dos títulos públicos.

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No entanto, o sindicato descarta prejuízos para a população, já que a paralisação deverá durar apenas um dia.

Campanha salarial

A paralisação de hoje faz parte dos protestos da campanha salarial dos funcionários do BC, que foi definida em assembléia geral nacional em abril e a pauta de reivindicações entregue no dia 2 de junho.

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De acordo com o sindicalista, houve apenas uma reunião entre o BC e os funcionários, no dia 30 de junho, mas não houve acordo. A proposta do governo foi um reajuste de 0,1%. ?Não dá para conversar nesses termos?, disse Falcão.

A categoria reivindica um reajuste de 57,64%, referente à inflação acumulada de junho de 1998 a 2002, mais reposição de 15% do período de 2003 a 2004, como já concedido aos servidores do Congresso Nacional.

Segundo David Falcão, a expectativa é de adesão maciça da categoria, incluindo os postos de chefia, pois há grande revolta da categoria com a ?insensibilidade do governo em sequer iniciar a negociação? e com o processo acelerado de desmonte da instituição.

O dirigente sindical diz que a categoria está disposta a entrar em greve por tempo indeterminado, como ocorreu no ano passado.