Cerca de 400 trabalhadores da unidade da Renault em São José dos Pinhais, que estão com o contrato de trabalho suspenso e recebem Bolsa Qualificação, devem voltar ao trabalho no próximo mês. De acordo com o coordenador da delegação sindical da montadora, Robson Jamaica, a previsão é que a fábrica volte a trabalhar com metade do segundo turno entre os dias 5 e 20 de março, o que aumentaria a capacidade de produção para até 540 carros por dia. Segundo ele, a expectativa é que os outros 400 funcionários afastados voltem ainda no primeiro semestre do ano.

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“O mercado deu sinais positivos de recuperação e agora é preciso esperar para saber se o bom momento é permanente. Nosso objetivo é que a volta dos trabalhadores se dê de maneira gradual e sólida. Estamos bastante esperançosos e acreditamos que os serviços serão normalizados em breve”, disse.

Ele lembra também dos empregos indiretos que devem ser gerados com o aumento na produção. “Calculamos que, para cada posto de trabalho que a fábrica cria, mais três são criados na cadeia produtiva pelas empresas que prestam serviços e fornecem matéria-prima. Este meio turno que volta a produzir requer mais logística e transporte, por exemplo”.

Bolsa Qualificação

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Nesta semana, a Renault deve enviar um comunicado à Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social com o nome dos funcionários e a data de volta ao trabalho. O secretário Nelson Garcia explica que os trabalhadores receberão o número de parcelas do seguro-desemprego referentes ao tempo de afastamento e, imediatamente à retomada dos contratos, eles voltam a recolher os benefícios previdenciários e Fundo de Garantia.

“A Bolsa Qualificação é uma modalidade de seguro-desemprego concedida a empregados formais com contrato de trabalho suspenso temporariamente. Através dela, o trabalhador tem direito a receber até cinco parcelas do benefício pago pelo Governo Federal enquanto participa de cursos de qualificação profissional pagos pelo empregador. No Paraná, temos orientado os empresários a adotarem a Bolsa como forma de evitar demissões em tempos de crise”, acrescenta.

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