Os trabalhadores da fábrica da Porcelana Schmidt, em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, decidem nesta sexta-feira (12), se a greve será mantida. Cerca de 520 funcionários decidiram paralizar as atividades desde segunda-feira (8) depois de freqüentes atrasos de pagamentos.Uma outra paralisação já havia sido feita pelos trabalhadores no último dia 14 de janeiro pelo mesmo motivo.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cerâmica de Louças de Campo Largo (Sinpolocal), Paulo Andrade, em uma assembléia realizada nesta quinta-feira (11), a empresa se comprometeu a depositar amanhã o salário atrasado de fevereiro, que deveria ter sido depositado no último dia 5.
“Se houver o depósito, vamos começar a trabalhar amanhã em horário normal. Caso contrário, continuaremos em greve”, diz Andrade. Ele afirma que a empresa estava ciente da paralisação já que, depois da primeira paralisação, representantes da Schmidt assinaram um documento se comprometendo a pagar em dia, o que não aconteceu.
Em nota divulgada hoje, a Porcelana Schmidt informa que fará o pagamento amanhã. A empresa afirma “lamentar a exploração política que vem sendo realizada sobre empresa, que, destaque-se, nao foi criada voluntariamente por seus dirigentes, não pode servir de palco para disputas políticas, que acabam por prejudicar os reais direitos dos trabalhadores”.