Os cerca de 140 farmacêuticos da rede falida Drogamed ainda não receberam os salários e verbas rescisórias. A falência da empresa foi decretada no dia 3 de maio deste ano.
Uma das profissionais, a farmacêutica Graciela Shtorache, disse que ainda não recebeu o salário de abril, que tem férias vencidas e que o Fundo de Garantia só foi pago parcialmente.
O marido dela, Frederico Shtorache, procurou a imprensa porque não acha justo que os funcionários fiquem sem receber por tanto tempo. Ele disse também que procurou o sindicato da categoria, que o informou que tudo depende da Justiça.
?Na época da falência, o administrador da massa falida disse que tinha o dinheiro para pagar os funcionários, mas até agora nada. Não entendemos o que está acontecendo?, reclamou ele.
De acordo com a advogada do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Paraná, Andrea Trevisan, o caso de Graciela não é isolado. ?Pelo menos formalmente, ninguém recebeu ainda?, afirmou. Andrea explicou que agora a situação só poderá mesmo ser resolvida na Justiça.
?Durante esta semana, estou ajuizando ações reclamatórias trabalhistas na Justiça do Trabalho. Somente depois que o juiz assinar uma sentença arbitrando um valor é que poderemos dar continuidade ao processo?, explicou.
Portanto, os funcionários terão que ter paciência, pois depois que o juiz definir o valor a ser pago ainda haverá o pedido de inclusão dos créditos na massa falida, posteriormente a publicação dessa inclusão em Diário Oficial e, finalmente, a aprovação desses credores.
A reportagem de O Estado procurou o administrador da massa falida da Drogamed, Joaquim Hauli, por diversas vezes, mas ele não retornou. A reportagem também tentou conversar com o advogado da Drogamed, Arno Jung, que também não deu retorno.
Shtorache reclamou ainda que a rede que comprou a Drogamed, a Maeoka, não está dando preferência para os ex-funcionários da falida. Mas segundo o assessor de marketing da Maeoka, Nelson Goulart, a rede não tem acesso aos nomes dos ex-funcionários da Drogamed.
?Por isso orientamos que eles levem seus currículos nas lojas e se identifiquem como ex-funcionários, pois o grupo Maeoka está, sim, os priorizando nas contratações. Inclusive já temos ex-empregados da Drogamed contratados para as novas lojas?, afirmou.
Segundo Goulart, a Maeoka decidiu abrir as lojas com a bandeira Minerva. Ainda segundo o assessor, cinco lojas de Curitiba devem abrir na semana que vem: a do Bacacheri, do Jardim Social, do Alto da 15, de Santa Felicidade e a loja do Portão.