Funcionários da CEF protestam

Com faixas e cartazes, os funcionários da Caixa Econômica Federal fizeram ontem um protesto em frente a agência Carlos Gomes, no centro de Curitiba. A manifestação tinha o objetivo de divulgar a insatisfação dos funcionários que há oito anos estão sem reajuste salarial. Além disso, demonstrar a desconsideração da Caixa no tratamento aos clientes no pagamento do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS).

A presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, Marisa Stédile disse que nem o banco nem o governo federal estão prestando os esclarecimentos necessários à população sobre quem tem direito e como resgatar o dinheiro do Fundo. “Os trabalhadores estão tendo que enfrentar filas monstruosas e horas de frio para tentar garantir o recebimento”, disse Marisa. Outra questão envolve a exploração da jornada, pois a maioria dos funcionários são obrigados a fazer hora-extra para prestar o atendimento, mas não recebem por esse trabalho. “A situação piorou ainda com abertura de agências aos sábados para o pagamento do FGTS”, comentou a sindicalista.

Os funcionários também estão insatisfeitos com as metas que são obrigados a cumprir. Na hora do atendimento aos clientes, eles tem ainda que oferecer serviços e produtos do banco, como cartões de crédito e previdência privada. Além de aumentar a insatisfação do cliente – que geralmente enfrenta longas filas -, ainda gera stress aos funcionários que são pressionados pela empresa a cumprir metas de vendas.

Salários

A questão mais polêmica é ao reajuste salarial. A categoria está sem reajuste há oito anos, mas no último dia 4 de julho, segundo denuncia o sindicato, a diretoria da Caixa concedeu reajustes de até 77,5% aos que ocupam funções gerenciais de superintendente e diretores. Em alguns casos os salários saltaram de R$ 9,6 mil para R$ 17 mil. De acordo com Marisa Stédile esse reajuste beneficia somente de 12,5 mil dos cerca de 55,3 mil trabalhadores do banco em todo o País.

Segundo cálculos do sindicato, o salário de um funcionário que ingressa hoje na Caixa é de R$ 808,00, e se permanecer no mesmo cargo, pode atingir um salário máximo de R$ 1.052,00. “Desde o Plano Real os salários dos bancários da Caixa acumulam perdas de 130% em relação a inflação”, afirmou Marisa. Como sabem que esse índice dificilmente seria conseguido, a categoria está reivindicando um reajuste de 19%. O sindicato promete fazer novas manifestações durante a semana em outras agência do banco.

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