São Paulo e Rio – A greve dos funcionários da Caixa Econômica Federal foi suspensa no Rio. Nesta quinta-feira, as agências voltam a funcionar normalmente. Mas os funcionários de São Paulo rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa, que ofereceu 12,6% de aumento sobre o salário-padrão e cargos comissionados, 10% para técnicos e assessoramento e 5% para os cargos de gerência. Segundo o sindicato, cerca de 1.500 bancários participaram da assembléia e a votação foi apertada. Mesmo assim, a categoria votou pela continuidade da greve e contra a recomendação da Confederação Nacional dos Bancários, que defendeu a aceitação da proposta. A reivindicação dos funcionários é que todos recebam o mesmo percentual, de 12,6%.
Em entrevista à rádio CBN, o vice-presidente de recursos humanos da CEF, Paulo Bretas, disse que a instituição chegou “ao limite” e que os funcionários que decidirem continuar em greve terão de arcar com a responsabilidade da decisão. Lembrou, por exemplo, que eles poderão não receber os dias parados. Embora não tenha falado em demissão, Bretas disse que na medida em que os funcionários de outros estados aprovarem o acordo, a CEF chamará os grevistas à sua responsabilidade. Bretas admitiu que a greve causa transtornos ao banco, mas considerou que ela é normal num ambiente democrático.
Nos outros estados, as assembléias ainda não tinham terminado até o fechamento desta edição.