O governo federal habilitou cinco empresas a oferecerem o chamado “clube de descontos” para servidores ativos e aposentados do Poder Executivo. A ideia é oferecer preços mais vantajosos na aquisição de reservas de hotéis, passagens aéreas, medicamentos e cursos de inglês, por exemplo.
A expectativa é que o clube entre em funcionamento no fim de março de 2020, informou ao jornal O Estado de S. Paulo/Broadcast o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Wagner Lenhart.

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Ao todo, dez empresas demonstraram interesse em oferecer o clube de descontos, mas apenas cinco foram consideradas apta. A lista foi publicada na terça-feira, 10, no Diário Oficial da União.

O edital, lançado em agosto deste ano, isenta tanto a União quanto os servidores de pagarem qualquer quantia à empresa pelo clube de descontos. O secretário disse que as empresas “terão de buscar outras formas de se remunerar”. “O principal atrativo é o grupo de pessoas que você está atingindo”, disse.

Em um clube de descontos, a empresa oferece vantagens para o usuário por meio de uma rede de parceiros, que por sua vez se beneficiam do maior fluxo de clientes. O Executivo federal tem mais de um milhão de servidores ativos e inativos. Eles serão o público potencial do programa num momento em que o governo federal rejeita a possibilidade de conceder reajustes salariais. O secretário, porém, nega que a iniciativa do clube tenha como objetivo fazer uma “compensação” pelo congelamento dos salários.

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Para se credenciar, as companhias habilitadas precisaram demonstrar cobertura nacional do serviço, além de potencial de atendimento de parceiros. Também foram exigidos benefícios em saúde, educação e viagens.

Os termos do contrato devem ser assinados até dia 19. A partir daí, as empresas terão 30 dias para apresentar seu plano de negócios e outros 60 dias para implementá-lo.
Segundo Lenhart, a habilitação de cinco empresas vai gerar concorrência pelos melhores descontos, beneficiando os servidores. Eles poderão aderir a quantos clubes desejarem, pois não haverá restrição. “Evidentemente que esperamos um desconto expressivo, mas não temos nenhum número”, afirmou.

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O edital do clube de descontos chegou a ser questionado no Tribunal de Contas da União (TCU) por haver dúvidas se a segurança dos dados dos servidores estaria garantida. O secretário, porém, assegurou que os dados ficarão protegidos. A única informação compartilhada pela União com a empresa, segundo Lenhart, é se ele é de fato servidor ou não. Ele ressaltou que o nível de dados que serão abertos é o mesmo que já está disponível no Portal da Transparência a todos os cidadãos do País.

As empresas habilitadas poderão explorar o serviço por 12 meses, período que pode ser prorrogado. Lenhart ressaltou que nada impede que outras companhias manifestem interesse futuramente. “Os que tiverem o melhor serviço terão êxito.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.