A onda de frio polar na Argentina obrigou o país a importar energia elétrica do Brasil e do Paraguai ontem à noite, quando a demanda bateu recorde e atingiu 19.702 megawatts (MW). O recorde anterior de demanda de energia na Argentina foi verificado em 23 de julho de 2009, com 19.566 MW. As informações são da Fundação para o Desenvolvimento Elétrico (Fundelec), que divulgou hoje seu relatório mensal sobre o setor elétrico argentino. O estudo leva em consideração as necessidades da indústria elétrica e de seus consumidores.

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O novo recorde de demanda foi registrado quando os termômetros marcavam temperaturas médias de 5 graus, provocando assim um maior uso residencial de energia elétrica no funcionamento dos aparelhos de aquecimento. Com isso, o país importou 74 MW do Paraguai e 900 MW do Brasil para poder cobrir a demanda. O estudo mostrou que, coincidentemente, em um dia 13 de julho do ano 2000, os consumidores marcaram outro recorde de consumo, que chegou a 13.754 MW requeridos. Em uma década, o consumo de eletricidade da Argentina subiu 43%.

A Fundelec informou ainda que a demanda de eletricidade no mercado registrou alta de 2,7% em junho passado comparado com igual mês de 2009. No primeiro semestre, o consumo de eletricidade acumulou um incremento de 5,3% ante os primeiros seis meses do ano passado. “A tendência de julho, com a atual onda de frio polar, marca consumos recordes e, se as temperaturas baixas persistirem, se espera um fechamento com uma alta ainda maior”, ressaltou a fundação.

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