Foto: Daniel Derevecki

Dona Geralda está há 18 anos vendendo pinhão na beira da estrada.

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As vendas de pinhão, produto típico do Sul do País, devem aumentar com a chegada do frio no Paraná. Neste ano o Estado deve ter uma produção de 2,1 mil toneladas, número semelhante ao das últimas duas safras.

Com venda liberadas entre os meses de abril a agosto período que as pinhas estão maduras o pinhão é uma alternativa de renda para pequenos produtos rurais.

É o caso de Geralda Correia, que há 18 anos vende o produto às margens da BR-376. Segundo ela, assim que termina a colheita do milho, a família se organiza para vender o pinhão, que ela compra de outros produtores.

?A gente pega dos vizinhos porque na nossa área não tem araucária?, conta. Segundo ela, o veranico dos últimos dias não ajudou nas vendas, que só devem aumentar com a chegada do inverno. ?Com calor o pessoal não pára para comprar?, disse. Além do clima, ela reclamou que a concorrência também tem prejudicado as vendas. ?Tem épocas que 50 famílias montam as barracas na estrada?, falou.

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O grande número de vendedores também tem atrapalhado as vendas de Ana Maria Santos, que há dois anos cuida de um ponto na BR. ?Tem muita gente vendendo, e o pessoal ainda acha pinhão nos supermercados e feiras, o que atrapalha nossas vendas?, reclamou. Tanto Ana Maria como Geralda estão com medo que essa seja a última safra que poderão vender o produto ao longo da via.

Com a concessão da rodovia e instalação das praças de pedágio a informação é que a venda será proibida. ?Eles dizem que será proibido para evitar os acidentes. Mas até hoje isso não aconteceu. Se for proibido vai prejudicar muita gente?, falou Geralda.

Produção

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De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná entre os municípios considerados maiores de pinhão estão Pinhão (270 mil toneladas), Campo Largo (110 mil toneladas), Turvo (105 mil toneladas) e General Carneiro (85 mil toneladas).

A última maior safra do produto no Estado foi registrada em 2004, quando foram colhidas 2,5 mil toneladas. A totalidade da produção é para abastecer o consumo interno.

No entanto, dos produtos comercializados nas Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa) 50% vem de produtores do Paraná e o restante de estados como Santa Catarina e Minas Gerais.