Foto: Arquivo/Orlando Kisnner

Mais de duzentos postos estão na mira da fiscalização.

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Mais de 200 postos de combustíveis no Paraná – dos 2.444 postos instalados no Estado – poderão ter o registro cassado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Esses estabelecimentos foram alvo de investigações da agência nos últimos dois anos. Entre as irregularidades encontradas estão crimes de sonegação de impostos, adulteração de combustíveis e documentação incorreta. Com a cassação, esses postos perderão a autorização da ANP para funcionar como revendedores de combustíveis.

A lista com o nome dos estabelecimentos envolvidos será publicada no Diário Oficial ainda nesta semana. As investigações da ANP foram realizadas a partir de denúncias feitas pelo Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência do Estado do Paraná (Sindicombustíveis), Procons, Ministério Público, Núcleo de Repressão ao Crime Econômico (Nurce) e Comitê Sul Brasileiro de Qualidade dos Combustíveis. De acordo com o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese, depois da verificação dos postos envolvidos a entidade irá pedir também a cassação da inscrição estadual para que os postos deixem de funcionar.

?Esse trabalho faz uma assepsia nos postos que estavam abertos e continuavam lesando os consumidores?, comentou Fregonese. Segundo o sindicalista, a lista com o nome dos postos ainda poderá crescer, já que outros estão sendo investigados pela ANP. Além disso, ele adiantou que outras medidas deverão ser tomadas diante do crescente volume de diesel adulterado no Paraná. Esse combustível representa 54% do volume total de combustíveis comercializados no Estado, sendo que cerca de 10,2% são modificados com a adição de óleos vegetais e etanol.

De acordo com Fregonese, essa situação tem sido registrada em todo o Paraná. Segundo ele, o sindicato quer atuar junto às revendas para reverter esse quadro. Para isso deverão fazer um trabalho semelhante ao que foi realizado em 2003, que contou com a participação do Ministério Público, quando 22% da gasolina vendida no Estado era adulterada, e hoje esse número caiu para 3,4%.

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