Frango chega a ficar 20% mais caro

O preço do frango de corte praticado pelo mercado atacadista apresentou uma elevação de até 20% em diversos mercados regionais brasileiros. O aumento foi um reflexo direto da decisão das empresas localizadas nos três estados do Sul do Brasil – que representam 60% da produção nacional – de reduzir em 11% o alojamento de pintos de corte e de matrizes.

Este posicionamento foi tomado em encontro realizado na última quinta-feira em Curitiba, quando os preços de frango resfriado no atacado baixaram a R$ 1,20. O evento, coordenado pela vice-presidente da Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Avipar), Evaldo Ulinski, reuniu representantes das indústrias avícolas do Sul do Brasil.

A avaliação de Evaldo Ulinski é de que os preços da carne de frango devem continuar em alta uma vez que a variação verificada até o momento não foi suficiente para cobrir os custos de produção. Ulinski destaca que esta tendência de aquecimento nos preços deve se manter nos próximos dias, já que o mercado vai continuar pressionado pela decisão de reduzir o número de aves alojadas. “Isso ocorre porque entre 45 e 60 dias, tempo médio para a produção de um lote de frango, estaremos oferecendo ao mercado menos aves que estávamos distribuindo antes, o que vai levar esta pressão de alta de preços a se manter”, diz.

Ele afirma que a redução do número de aves alojadas acordada na reunião de Curitiba tem como meta reduzir das atuais 300 milhões de cabeças de pinto de corte em alojamento no mês no Brasil para 275 milhões.

Evaldo Ulinski avalia que a redução na produção não vai se restringir apenas ao Sul do país. O coordenador do movimento informa que em uma reunião realizada nesta semana na cidade de São Paulo, representantes da avicultura paulista e de Minas Gerais manifestaram o interesse em aderir ao movimento. “

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