Um desfile com confecções paranaenses sob a análise de estilistas franceses marcou ontem, em Curitiba, a abertura de um workshop voltado para empresários do setor de vestuário. O evento, uma parceria da Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Federação das Indústrias do Paraná e Codesul, prossegue hoje e conta com a participação de mais de 60 empresas do Paraná, além das maiores empresas nacionais de confecção de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Seguindo uma visão de capacitação do empresariado paranaense no setor de vestuário, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o governo do Estado vai capacitar gestores de negócios e moda no Arranjo Produtivo Local (APL) de vestuário de Cianorte, envolvendo ainda as cidades de Maringá e Londrina. O treinamento abordará os aspectos gerenciais relacionados à tecnologia de produção e ao desenvolvimento de pessoal para a formação de multiplicadores nos APLs atendidos pelo programa.
Segundo o gerente operacional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Rossildo Faria, apenas 8% da produção brasileira é destinada ao mercado externo. "Quanto à produção, o Brasil já é o quinto maior produtor mundial em têxtil e o oitavo maior produtor mundial de tecidos."
Faria diz que, há 15 anos, o País exportava apenas fios e tecidos crus. "Hoje, o vestuário corresponde à metade das exportações brasileiras do setor", calcula.
A questão da exportação de produtos já confeccionados representa um salto imediato para as exportações nacionais. "De janeiro a outubro, as exportações cresceram 20% para o Canadá, 15% para o México e 11% para os Estados Unidos, em comparação com o ano passado. O Paraná, nesse contexto, possui uma importante vocação para a indústria da moda e vestuário de todo o País", diz Faria.
O estilista Edson Korerner confirma a iniciativa como altamente favorável para o Paraná. "Este workshop traz muita informação para quem deseja exportar. A idéia de trazer estilistas franceses é muito válida para os empresários e produtores da moda nacional e, especialmente, paranaense. O mercado de lá é fechado e só assim quebramos barreiras", afirma.
