Londrina (região Norte) e Ponta Grossa (região dos Campos Gerais) serão as primeiras cidades a sediar, a partir desta terça-feira (5), os fóruns sobre rastreabilidade bovina que o Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) estará promovendo até o próximo dia 8. O objetivo é reunir cerca de 2 mil participantes entre pecuaristas, lideranças rurais, autoridades públicas e civis, técnicos agropecuários e profissionais liberais interessados em conhecer e ver funcionando o sistema desenhado no Paraná para monitorar a qualidade da carne desde a origem do animal até o abate e distribuição no varejo.
O fórum em Londrina começa às 9 horas no Hotel Sumatra, em Londrina. À tarde, a partir das 14 horas, será a vez de Ponta Grossa. O evento acontecerá no salão nobre da Prefeitura. A seguir o fórum se desloca para Guarapuava e Pato Branco (quarta-feira, dia 6); Cascavel e Umuarama (quinta-feira, dia 7), e Maringá (sexta-feira, dia 8).
Em todos os fóruns estarão presentes o delegado regional da Agricultura, Gil Magalhães; o presidente do Conesa e secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Deni Schwartz; os presidentes da Federação da Agricultura (Faep), Ágide Meneguette, e da Organização das Cooperativas (Ocepar), João Paulo Koslovski, e o diretor executivo do Fundepec, Antonio Poloni.
O primeiro passo rumo à implantação do sistema de rastreabilidade está começando este mês, com o início da segunda etapa da campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa, realizada entre 1.º e 20 de novembro. Mais uma vez, os técnicos da Secretaria da Agricultura estão aproveitando a oportunidade para renovar os cadastros de propriedades e rebanhos.
A novidade é que, agora, essas informações atualizadas alimentarão o software desenvolvido pelo órgão para subsidiar também o programa estadual de rastreabilidade que dará suporte ao Sisbov, o sistema desenvolvido pelo Ministério da Agricultura para funcionar em todo o Brasil. Até então, a finalidade do software era dar suporte à gestão do cadastro de rebanhos e propriedades.
Feito isso, os dados serão individualizados, ou seja, discriminados um a um e não somente de acordo com as diferentes faixas etárias. Com a individualização, será possível saber tudo sobre cada animal desde o nome e os criadores dos pais, peso ao nascer, locais de engorda e terminação, peso no abate, quantidade de gordura, estabelecimentos que comercializaram a carcaça e várias outras especificidades.
A idéia inicial do ministério com a criação do Sisbov era o mercado externo, cada vez mais exigente para com os países fornecedores. “O Paraná entende que a preocupação com a sanidade e a qualidade da carne é extensiva ao produto consumido no País, e que seja originário de propriedades de todos os portes. É o caso das pequenas propriedades, que poderiam ficar de fora da esfera de ação das grandes empresas certificadoras privadas se o poder público não tomasse a iniciativa de criar um sistema público e voltado, inicialmente, para elas”, explica o secretário Deni Schwartz.
O Paraná responde por cerca de 10 milhões dos 170 milhões de cabeças de gado bovino criadas no Brasil. No Estado, existem mais de 140 mil propriedades que, juntas, imunizaram quase 99% de todos os animais na campanha de vacinação contra a febre aftosa em maio passado. A produção paranaense de carne gira em torno de 290 mil toneladas, enquanto a nacional é de quase 7 milhões de toneladas.