A edição de 2017 do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, promete ser a maior reunião de todos os tempos desde o início da sua fundação, em 1971. De acordo com dados da organização, já se cadastraram mais de 3 mil participantes de 100 países diferentes, incluindo 1.200 presidentes de empresas. Há expectativa também de participação de 300 agentes públicos e mais de 50 chefes de Estado e de governo. A lista de participantes pode ser divulgada ainda nesta terça-feira, 10, pelo evento, que começa dia 17 e vai até o dia 20 de janeiro.
O presidente do Brasil, Michel Temer, no entanto, não deve ir a Davos. Conforme adiantou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, ele deve ficar no País para acompanhar o clima político e o período que antecederá a eleição na Câmara e no Senado, no início de fevereiro.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve representar Temer em Davos. No ano passado, a então presidente Dilma Rousseff também não compareceu ao evento e a comitiva brasileira foi chefiada pelo então ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, estará na Suíça para o evento. O governo brasileiro também será representado pelos ministros da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira; de Energia, Fernando Coelho Filho. Do setor privado doméstico devem participar do evento vários executivos de instituições financeiras e de outras áreas de atividade.
O Fórum, que é realizado anualmente, reúne líderes mundiais para tratar de temas de interesse global, como o crescimento, por exemplo. Muito concorrido todos os anos, o evento costuma atrair ainda mais interessados em épocas de maior crise e incertezas globais.
O evento de 2009, quando o mundo ainda passava pela fase aguda da crise financeira internacional, foi um dos mais movimentados até hoje. Atualmente, há muitas incertezas no mundo, principalmente após a vitória do republicano Donald Trump, nos Estados Unidos, que toma posse exatamente no dia do encerramento oficial de Davos.
Também há muitas dúvidas sobre o rumo da União Europeia, principalmente depois que o Reino Unido optou, por meio de um referendo, deixar o bloco, o chamado Brexit. O início das negociações sobre a separação está previsto para ocorrer nos próximos meses e já vem sendo motivo de embates retóricos entre os países da UE. Além disso, o ano é de eleições no continente, com destaque para os pleitos nas duas maiores economias da região, Alemanha e França.