O vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb, afirmou nesta terça-feira, 14, que a previsão da montadora é de que o volume do mercado brasileiro de automóveis termine 2014 entre 3,4 milhões e 3,5 milhões de unidades. Segundo ele, em 2015, a expectativa é de que o mercado assuma “volumes similares” ao deste ano. Durante palestra no Congresso Perspectivas 2015, o executivo previu ainda que um novo ciclo de crescimento da indústria automobilística vai demorar “um pouco mais do que 2016” para começar.

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Golfarb destacou que, no acumulado do ano até setembro, o nível de estoques das montadoras no Brasil tem caído em uma intensidade menor (-3,9%) do que a queda na produção (-16,8%) e exportações (-38,3%). Segundo ele, isso “significa que, apesar de tudo que tem sido feito, as medidas ainda não são suficientes para gerenciar os estoques”. De janeiro a setembro deste ano, o volume total do estoque era de 404,5 mil unidades. “Deveríamos trabalhar com níveis de estoques abaixo do atual”, defendeu.

Sobre a crise na Argentina, o vice-presidente da Ford ressaltou que tanto no país vizinho quanto no Brasil a montadora tem realizado uma “busca insana” de eficiência e de redução de custo. “A gente precisa fazer mais com menos todos os anos, sem afetar aquilo que vai para o consumidor, sem deteriorar a qualidade, o conteúdo e a modernidade”, afirmou. De acordo com ele, a grande vantagem da Ford é a comunicação, por meio da qual “você consegue suavizar as curvas de quedas, porque divide as quedas aqui e na Argentina”.

Golfarb afirmou que a indústria automobilística brasileira e a argentina tem um excesso da capacidade instalada, atualmente de 45%, considerando os dois países, o que deve provocar um aumento maior do custo fixo por unidade. Segundo previsões da companhia, esse excesso de capacidade deve crescer ainda mais nos próximos anos: para 53% em 2015; reduzindo para 50% em 2016; 45% em 2017 e 41% em 2018.

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