Força e CUT criticam governo pelo desemprego

A Força Sindical responsabilizou a política econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva pela taxa de desemprego recorde. Pesquisa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – veja na página 23 – mostra que o desemprego surpreendentemente voltou a crescer para o patamar recorde de 13% em agosto.

“A política econômica de Lula é tão ruim ou pior que a de FHC. É uma política recessiva e que privilegia o juro alto em detrimento da produção”, disse o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.

Segundo ele, enquanto o governo não fizer cortes mais bruscos na Selic e reduzir ainda mais o compulsório dos bancos, faltará investimento na atividade produtiva, que gera emprego. “Quem tem dinheiro ganhará mais comprando títulos da dívida pública no cenário atual do que investindo na produção.”

Já o presidente da CUT, Luiz Marinho, afirmou que a taxa de desemprego continuará batendo recordes em 2003. “Antes de 2004, não teremos taxas de desemprego que não sejam recordes.”

Marinho disse que a redução do desemprego está alinhada ao desempenho da economia brasileira. “Se prevê um crescimento do PIB de 3,5% a 4% para 2004. Esse crescimento deve melhorar a situação do emprego.”

Medidas emergenciais

Marinho defendeu a adoção de medidas emergenciais para aliviar os efeitos do desemprego elevado nas maiores cidades do País.

Entre as medidas que poderiam ser adotadas está a criação de frentes de trabalho nos grandes centros urbanos.

Marinho afirmou que as frentes de trabalho poderiam utilizar a mão-de-obra de desempregados em obras emergenciais, como saneamento básico e obras de infra-estrutura.

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