Depois da pior recessão em 25 anos no Brasil em 2015 e nova contração esperada da atividade econômica em 2016, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o País volte a crescer mais à frente, mas em um nível considerado modesto e abaixo da média dos emergentes. A previsão divulgada nesta terça-feira, 6, em Lima é que o Brasil deve ter expansão de 2,5% em 2020.
O número é inferior à média dos países emergentes da Ásia, com previsão de expansão de 6,5% em 2020, da América Latina (+2,8%), dos emergentes da Europa (+3,4%) e da média geral destes mercados (4,5%).
A inflação brasileira deve convergir mais para o centro da meta do Banco Central nos próximos dois anos, mas, mesmo em 2020, o FMI prevê um número ainda ligeiramente acima da meta oficial, com o IPCA em alta de 4,6% naquele ano, em comparação com uma meta de 4,5%.
Para crescer mais, a recomendação do FMI é que o Brasil faça reformas estruturais, em setores como educação e trabalho, e tome medidas adicionais para melhorar o ambiente de negócios, estimulando a melhora dos índices de confiança de empresários e consumidores, que passariam a investir mais. Além disso, as reformas melhorariam a competitividade e a produtividade da economia brasileira.