A taxa sobre o setor financeiro cogitada pelo G-20 em Saint Andrews não tem qualquer relação com os 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que o Ministério da Fazenda passou a cobrar sobre o capital de curto prazo que ingressa no país. A ressalva foi feita à Agência Estado pelo diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, que mais uma vez questionou a eficiência da iniciativa brasileira.

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“Não tem nada a ver”, disparou o executivo. “O que o Brasil criou foi uma taxa de 2% sobre o ingresso de capitais, o que é bastante tradicional.” Strauss-Kahn afirmou que não acha a taxa brasileira um problema, “mas também não será muito efetiva”. “Repito: o que estamos analisando não tem nada a ver com o controle de capitais, que é a iniciativa que o Brasil assumiu.”

Instado, John Lipsky, número dois do fundo, interferiu na resposta de Strauss-Kahn e ressaltou: “Outro ponto de diferença é que, segundo as próprias autoridades brasileiras, a taxa criada no Brasil é uma medida temporária, enquanto o que estamos pensando é um sistema estável.”

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