FMI sinaliza que ajuda à Ucrânia pode ser paga apesar de impasse com credores

Uma graduada autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI) sinalizou nesta terça-feira que poderia ser liberada a próxima parcela da ajuda à Ucrânia, apesar do impasse nas conversas sobre a reestruturação da dívida do país.

Anteriormente, funcionários do FMI haviam dito que era crucial para Kiev chegar a um acordo de reestruturação com seus credores, que asseguraria US$ 15 bilhões em alívio da dívida, antes de o Fundo liberar a próxima parcela de empréstimo, de US$ 1,7 bilhão.

As conversas, porém, evoluíram pouco. O Ministério das Finanças ucraniano disse na sexta-feira que a proposta dos credores era inaceitável, encorajando-os a “remover barreiras artificiais e contraproducentes ao diálogo mais construtivo”. O governo de Kiev, por sua vez, disse que consideraria uma moratória nos pagamentos aos credores, caso não houvesse acordo.

As divergências levantaram dúvidas sobre se o FMI iria ainda emprestar à Ucrânia, diante do veto para que a instituição ajude países que estão em dívida com seus credores oficiais, particularmente já que US$ 3 bilhões dos bônus do país foram originalmente comprados pela Rússia. Ao mesmo tempo, o FMI diz que a dívida ucraniana precisa ser reduzida para o país poder retornar à saúde econômica.

O vice-diretor-gerente do FMI, David Lipton, sinalizou, porém, que o Fundo poderia seguir adiante com seu próximo pagamento, previsto para este mês, se não houver um acordo para a reestruturação da dívida e Kiev impor uma moratória no pagamento aos credores.

“Nós esperamos que os ucranianos cheguem a um acordo com quaisquer acordos que satisfaçam” o critério de sustentabilidade da dívida do Fundo, afirmou Lipton durante evento em Washington, antes das conversas com lideranças ucranianas nesta terça-feira.

“Se em algum ponto a Ucrânia concluir que não pode continuar a pagar seus credores e atingir suas metas do programa, e parar de pagar seus credores privados, nós temos uma política chamada empréstimo em atraso”, afirmou ele. Sob essa política o FMI pode “continuar emprestando a um país quando ele tem saldos a pagar com credores privados”, disse Lipton. Fonte: Dow Jones Newswires.

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