O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu o crescimento econômico projetado para o Brasil em 2008, de 4,2% para 4%, enquanto manteve a previsão de avanço de 4,4% do PIB neste ano, na comparação com números divulgados em julho. As informações constam no relatório "Perspectiva Econômica Mundial" (WEO, na sigla em inglês), divulgado nesta quarta-feira.

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De acordo com o documento, o FMI avalia que o "crescimento no Brasil está acelerado em 2007 em resposta à flexibilização monetária depois que a inflação foi enquadrada nas metas do BC, mas deve desacelerar em 2008". Em 2006, o FMI registrou taxa de crescimento de 3,7% para o PIB brasileiro.

Para o Hemisfério Ocidental, que abrange América Latina e Caribe o documento prevê crescimento de 5% em 2007 e 4,3% em 2008, este último 0,1 ponto porcentual abaixo do nível projetado anteriormente. Em 2006, estima o Fundo, o crescimento da região foi de 5,5%. "Projetamos que o crescimento irá ter desaceleração em 2008 devido às relações comerciais que a região mantém com os EUA", diz o vice-diretor do Departamento de Pesquisa do FMI, Charles Collyns.

Até agora, o impacto da turbulência financeira na América Latina tem sido "bastante contido", diz o Fundo. A razão é que "o fortalecimento da estrutura da política macroeconômica e do balanço do setor público tem ajudado a ancorar a confiança do investidor". O impacto pelo canal financeiro, acrescenta o FMI, seria menos dramático, do que as interrupções repentinas do passado.

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