O Fundo Monetário Internacional (FMI) vê o ritmo de expansão da economia mundial desacelerando-se para 4,1% em 2008 e para 3,9% em 2009, ante avanço de 5% em 2007. As projeções do documento Perspectiva Econômica Mundial, divulgado hoje, foram revisadas para cima em 0,4 ponto porcentual para 2008 e 0,1 ponto porcentual para 2009, em comparação ao que o FMI projetava em abril. O FMI reconheceu que "a desaceleração do primeiro trimestre foi, de certa forma, menos acentuada do que o previsto anteriormente".

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Segundo o diretor do Departamento de Pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI), Simon Johnson, há chances de haver uma recessão global ainda este ano. No entanto, o desempenho econômico mundial surpreendeu na primeira metade do ano, o que permitiu que o FMI revisasse em alta seus prognósticos ante o relatório anterior.

O Fundo, no entanto, adverte que a economia global está em "situação difícil" e alerta para "desaceleração significativa" no segundo semestre deste ano antes de ter uma recuperação gradual em 2009. A situação se complicou por causa da inflação, reconheceu Johnson, ao apontar o risco de que haja uma recessão global.

Segundo o diretor, os riscos financeiros não vão desaparecer logo e a economia global enfrenta a "circunstância mais difícil em muitos anos". As condições financeiras são muito frágeis e inflação é uma preocupação crescente. "Em função dos riscos financeiros, a economia global não está fora da zona de perigo". Para ele, os riscos financeiros continuam elevados e, no contexto de uma desaceleração global podem somar-se à tensão sobre capital e intensificar o aperto na disponibilidade de crédito.

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O Fundo cita demanda em desaceleração acentuada em diversas economias avançadas e inflação em elevação em todos os lugares, "principalmente nas economias emergentes e em desenvolvimento".

Emergentes

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Segundo o FMI, as economias emergentes e em desenvolvimento vão registrar uma desaceleração de seu crescimento para 6,9% em 2008 e para 6,7% em 2009, ante o ritmo de 8% registrado em 2007. "As economias emergentes e em desenvolvimento devem perder força", diz o Fundo.

A China deve crescer 9,7% em 2008, 9,8% em 2009, ante quase 12% em 2007. A Índia deve avançar 8% em 2008 e em 2009, ante 9,3% em 2007. A Rússia deve crescer 7,7% em 2008 e 7,3% em 2009, ante 8 1% em 2007. Assim, como ocorreu com as projeções para grande partes de outras economias, os números foram revisados alguns pontos porcentuais em alta em relação à divulgação feita em abril.