As economias da América Latina e do Caribe devem crescer a uma média de 4,2% em 2008, segundo estimativas de representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), em seminário na Jamaica. O crescimento na região deve permanecer vibrante, barrando grandes mudanças inesperadas que afetariam economias como a dos Estados Unidos, relataram os funcionários do FMI no encontro. ?Este ano marca o quarto ano seguido de crescimento realmente alto na América Latina e no Caribe, uma média de 5% a 6%?, disse Markus Rodlauer, vice-diretor do departamento de assuntos para o Hemisfério Ocidental do FMI.

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?No próximo ano, nós projetamos uma média de crescimento de pouco mais de 4% dentro da região, que será impulsionado principalmente por investimentos e consumo doméstico?, acrescentou ele.

O representante do FMI, entretanto, alertou que certos pontos negativos podem excluir potenciais ganhos. ?As exportações dentro de economias da América Latina e do Caribe têm crescido bem, embora as importações tenham continuado a crescer mais que as exportações, o que diretamente afeta o déficit comercial. Já começamos a ver sinais de superávits tornando-se déficits, mas ainda mantemos uma linha de previsão de 4,2% de crescimento para a região no ano que vem?, concluiu Rodlauer.

Além do FMI, as previsões dos departamentos econômicos de grandes bancos para a América Latina são bastante otimistas para o próximo ano. Segundo a equipe de pesquisa econômica global do Scotiabank Group, a redução do endividamento, reservas internacionais consideráveis e desenvolvimento dos setores financeiros na região vão oferecer proteção maior em relação aos impactos que podem vir da crise do mercado imobiliário de alto risco dos Estados Unidos.

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Uma forte demanda interna também reforça a sensação de capacidade de resistência aos choques econômicos, destaca o banco em seu relatório chamado International Views, divulgado quatro vezes por ano com os cenários econômicos e políticos de 34 países.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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