O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, pediu que a China acelere o ritmo de valorização de sua moeda, o yuan. Segundo ele, a medida ajudaria a China e a economia global. Ele disse concordar com o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao e com o presidente do banco central do país, Zhou Xiaochuan, sobre a continuidade do aperto na política monetária chinesa para conter o crescimento do investimento e as pressões inflacionárias.
A China enfrenta diversos desafios macroeconômicos, incluindo "evitar que a inflação – especialmente a alta nos preços de alimentos vista nos últimos meses – se fortaleça", afirmou Strauss-Kahn, em comunicado. Ele disse que outro desafio que a China enfrenta é fazer com que a economia dependa menos das exportações e dos investimentos, e mais do consumo.
Aos jornalistas, o diretor-gerente do FMI afirmou que a taxa real de negociação do yuan está se movendo na "direção certa". Um yuan mais forte ajudaria a China a conter a inflação, reduzindo os custos de importação e o crescimento do vasto superávit comercial que injeta liquidez no sistema financeiro e, em conseqüência, alimenta o crescimento do crédito e dos investimentos.
A crise de crédito nos EUA está se espalhando e afetará a economia real americana e a de outros países, como a China, disse o diretor-gerente do FMI. Mas ele reiterou que a previsão do fundo é que a economia chinesa cresça 10% em 2008 – menos que os 11,4% de crescimento no ano passado.